O processo que incumbe-se de associar um número à característica física de dado fenômeno de interesse, correlacionando-o com quantidades similares padronizadas e tomadas como unidade, é o que pode-se denominar mensuração ou, simplesmente, o ato de medir.
Todo ato, quando isolado de contexto, assume o risco da irrelevância. Tratando-se então de uma ação comparativa, pode ser tão significante quanto o conjunto unitário do narciso do próprio praticante. Assim, para o ato aqui em pauta, define-se a pertinência desse elemento ao conjunto de procedimentos científico experimentais, ou seja, ao famoso método científico.
Sugere-se algum cuidado ao leitor: não é dito que o ato aqui tratado é exclusivo do bom cientista, mas que o intento é elucidar a interseção desta específica ação com a coleção de boas práticas desenvolvidas por tal profissional.
Séculos foram necessários para o refinado desenvolvimento empírico e teórico de tal ciência. Desde antes do famoso e desinibido “Eureka”, medidas já eram usadas e tinham até mesmo o poder de condenar ou salvar vidas. A rigor: desde que sapiens é sapiens, mas voltar demais no tempo é tão ruim para a precisão dos dados quanto desnecessário neste contexto.
Leva-se em conta então, não quando precisamente deve ter sido importante, mas quando tornou-se fator exponencial no desenvolvimento social. Assim, abre-se mão da exatidão histórica, para evocar diretamente a importância de ser tão exato quanto preciso. Ou seja, pode-se estar equivocado quanto à origem da régua, mas não quanto à importância desta.
Finalmente, como uma iteração que parece infinita no tempo, ainda observa-se quem queira deformar a régua para que as medidas caibam no próprio ego. Mas a realidade tende a ser caótica, o que já é um desafio de entender sem uma sistemática arbitrária. Apela-se então aqui para o simples bom senso. Meça com bom senso.
Alex S. Marques.
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